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Terceiro Setor: em artigo, presidente da Fundação Tiradentes cita êxitos da instituição

Artigo publicado pelo jornal O HOJE, no domingo, 29 de setembro de 2014, de autoria do Diretor Presidente da Fundação Tiradentes, major Cleber Aparecido Santos, aborda a importância adquirida pelo Terceiro Setor e o exemplo da Fundação dentro deste contexto histórico. Ao lado, imagem da publicação. Abaixo, o inteiro teor do artigo.

Terceiro Setor: em artigo, presidente da Fundação Tiradentes cita êxitos da instituição

Os desafios e o êxito do terceiro setor

Major Cleber Aparecido Santos

Diretor Presidente da Fundação Tiradentes e Chefe do Centro de Assistência Social da Polícia Militar do Estado de Goiás

Em 2008, quando o terceiro setor passou, pela primeira vez, a ser considerado nas estatísticas econômicas, ou seja, passou a integrar o cálculo do Produto Interno Bruto brasileiro, uma luz positiva acendeu. Era o país admitindo que o trabalho voluntário, quando organizado e formal, completa lacunas estatais, contribui com as riquezas da Nação.  

Em Goiás, a Fundação Tiradentes, organização não-governamental criada para dar assistência social aos policiais militares ativos, inativos, viúvas e demais familiares, se consagra como exemplo no terceiro setor, alcançando um universo próximo de 70 mil pessoas de um público bastante peculiar. Em agosto, esta instituição que não é militar, mas que se inspira nos processos legais que norteiam a PM de Goiás, completou 11 anos de existência com um referencial de cem por cento de suas contas aprovadas pela Curadoria de Fundações e Associações do Ministério Público Estadual. 

E esse esforço para consumar um conjunto de ações e serviços oferecidos com bom resultado, junto da aprovação de seus atos por órgãos isentos e independentes, mostra como é possível a uma entidade de utilidade pública federal, estadual e municipal, dotada de direito privado, com regulamento próprio e sem fins lucrativos, como a Fundação Tiradentes, ter êxito no terceiro setor. 

Não à toa essa experiência tem sido reportada como exemplo a outras corporações que a buscam para conhecer o trabalho desenvolvido em Goiás, já apresentado às PMs do Tocantins, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Ceará, por exemplo – tendo algumas  repetido o modelo.

O caminho a trilhar no terceiro setor envolve requisitos importantes, como a confiança do público alvo em relação ao compromisso estabelecido pela instituição. Está no leque de coisas a oferecer, mas está em quem a criou e em como a mantém, assim como está na acessibilidade. A Fundação Tiradentes, por exemplo, nasceu para aprimorar a assistência social ao PM e à sua família.

A filosofia da instituição é a de contrapartida à proteção da sociedade, prestada pelos PMs, nossos beneficiários principais, com ações para a família policial, em qualquer tempo. Garantias como assistência social no nascimento, morte ou para assegurar a saúde física e mental; socorrer com ambulâncias e UTIs móveis; manter um hospital e uma academia de esportes em Goiânia, e uma policlínica no Entorno do DF, todos exclusivos; comprar ou fazer milhares de fardas com economia e o melhor material; ou simplesmente viabilizar óculos, próteses, equipamentos médicos dentre vários auxílios.

 A atuação desta organização envolve gestos de proteção da vida de quem trabalha para garantir a segurança da sociedade. Mas tantas missões não são fáceis, cumprindo outra meta, a de autossustentabilidade, como ocorre com os sete programas da Fundação Tiradentes, divulgados no portal www.tiradentes.org.br .

 Ser transparente, austero com os recursos administrados, investir com sabedoria e, ainda assim, crescer. Este é outro capítulo do grande desafio de quem mergulha no voluntariado. É o que faz de iniciativas como essa e de organizações como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, entre tantas do terceiro setor, serem apontadas na história recente como representantes de aproximadamente 5% do PIB nacional, envolvendo o esforço de cerca de 15 milhões de voluntários (Ibope-2013).

No caso da Fundação Tiradentes, além de manter-se no ritmo da autossustentabilidade, ela se ajusta para novas perspectivas de demanda. Quando a PM de Goiás consolidar a renovação de seu efetivo em 40%, algo previsto para ocorrer até 2016, a Fundação terá que estar de portas abertas ao ingresso de aproximadamente 4 mil novos militares que, com seus dependentes, podem chegar a 20 mil novas vidas demandando esta instituição que continuará contribuindo com respostas práticas, rápidas e desburocratizadas para as necessidades urgentes do seu público.

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